terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

ANGOLA -Montijenses na Guerra Colonial


FERNANDO MANUEL VIEGAS - LUANDA, STO. ANTÓNIO DO ZAIRE (SAZAIRE) PEDRA DO FEITIÇO E BASE NO RIO CONGO.



ANTÓNIO MANUEL MAIA -DO ALTO DAS VINHAS GRANDES - AFONSOEIRO.
Da Compª. Transportes 2688, faleceu em Serpa Pinto
-ANGOLA (vítima de uma mina -MAIO,1970)
(foto cedida gentilmente por Sua Irmã MANUELA)

GUINÉ -Cª. CAÇ. 4142 HERDEIROS DE GAMPARÁ 1972/1974



CUSTÓDIO MOUSINHO
(O mais novo dos 3 Mousinhos que estiveram na Guiné)
-fotos gentilmente cedidas pelos Irmãos MOUSINHO-



OUTRA FOTO DE GAMPARA.


CUSTÓDIO ACOMPANHADO DE UM CAMARADA DE GAMPARA.


CUSTÓDIO MOUSINHO (DO CHARQUEIRÃO -AFONSOEIRO) É O PRIMEIRO EM BAIXO, A CONTAR DO LADO DIREITO.
JORGE PALARÉ É O SEGUNDO DA FILA DO MEIO, A CONTAR DA ESQUERDA.

MOUSINHO (o mais velho dos 3 irmãos que estiveram na Guiné)


MOUSINHO, de passagem pela Ilha do Sal -ainda com Mauser.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

POESIA




de: FRANCISCO SANTOS
SARILHOS GRANDES -MONTIJO
Ex-militar da CCAÇ. 557 Guiné 1963 a 1965



ANO 2003
LEMBRANÇAS DA GUINÉ BISSAU

Partimos daquele cais
O "stress" era demais
Para nós um suplício
Nós tivemos essa noção
Mas em nome da nação
Exigia o sacrifício


Bafejados pela sorte
Nós escapamos à morte
Dois colegas nossos não;
Paz na sua eternidade.
Ficou em nós a saudade
E esta triste recordação


P'rá Guiné fomos levados
Na condição de soldados
Na força da juventude
Mas nessa luta porém
Ninguém é mais que ninguém
Naquela guerra tão rude


A Quinhentos e cinquenta e setE
A pé ou de camionete
Enfrentou perigo eminente
Trabalhou com muito afinco
Em Outubro de sessenta e cinco
Regressou ao Continente


Esta nossa companhia
Viveu sempre em harmonia
Naquela terra distante
País de outra cultura
Povos com outra postura
Onde o perigo era constante


Partimos quase á balda
Dentro do Ana Mafalda
O oceano a gente passa
Mas depois ao regressar
Foi como ressuscitar
Na viagem no Niassa


Mas a malta conseguia
Com o material que havia
E ordens bem definidas
Fazer nossa obrigação
Defender-mos a nação
E no fundo as nossas vidas


Partimos há quarenta anos
Com amigos bem bacanos
Viajamos dia e noite
Depois de missão cumprida
Voltamos de novo á vida
Fez agora trinta e oito


Atravessamos bolanhas
Dominamos as matacanhas
Enfrentamos o paludismo
Formigas novas e velhas
Impingens também abelhas
Aquilo era um abismo


Corremos por nossa conta
Portugal de ponta a ponta
P'ra este convívio bonito
E nada mais nos divide
Estamos em Castelo de Vide
Terra do Alentejanito


E foi isso que aconteceu
Mais ou menos tudo sofreu
Foi só a gente aceitar
Em guerra não há preferidos
Foi entre mortos e feridos
Que alguém logrou escapar


Nestes versos afinal
Dei um ar sentimental
Não era bem o que eu queria
Queria apenas recordar
Proezas do ultramar
Hoje quero é ALEGRIA


Autor
Francisco Santos